UFMG reúne estudantes de 29 países em tradicional olimpíada internacional de química
Abertura oficial será nesta terça-feira, dia 6, no Palácio das Mangabeiras; jovens farão provas teóricas e práticas no Departamento de Química

Cerca de 200 estudantes do ensino médio de 29 países iniciam, nesta quarta-feira, dia 7, na UFMG, sua participação na Olimpíada Internacional de Química Mendeleev (IMChO), uma das mais antigas e difíceis competições da área que, pela primeira vez, será realizada fora da Ásia e da Europa. As provas teóricas e práticas serão aplicadas, até o dia 12 de maio, nas salas de aula e laboratórios do Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (Icex), no campus Pampulha.
A Olimpíada foi criada na Faculdade de Química da Universidade Estatal de Moscou Lomonosov, com o intuito de incentivar o desenvolvimento de talentos científicos na área. O torneio recebeu esse nome em homenagem ao russo químico Dmitry Ivanovich Mendeleev, descobridor da lei periódica, com base na qual foi criada a Tabela Periódica dos Elementos Químicos.
A UFMG sediará a 59ª edição da competição. O Brasil enviou delegações para outras duas edições: no ano passado, na China, e em 2023, no Cazaquistão. Belo Horizonte reúne representantes da Armênia, Áustria, Azerbaijão, Bielorrússia, Bolívia, Brasil, Bulgária, Chade, Costa Rica, Croácia, Cuba, Etiópia, Guiana, Honduras, Hungria, Iran, Israel, Japão, Cazaquistão, Quênia, Quirguistão, Líbano, México, Mongólia, Macedônia do Norte, Peru, China, Catar e Coreia do Sul.
A edição deste ano é organizada pela UFMG, pela Faculdade de Química da Universidade Estadual de Moscou e pela Fundação Melnichenko, que reconhece os vencedores da competição individual com o Prêmio Acadêmico Valery Lunin, fundador da Olimpíada Mendeleev e principal responsável por sua projeção internacional.
A abertura do evento será realizada nesta terça-feira, dia 6, a partir das 16h, no Palácio das Mangabeiras, com presença da reitora Sandra Regina Goulart Almeida, de autoridades da Universidade Estadual de Moscou, da Fundação Melnichenko e dos governos federal, estadual e municipal: Juana Nunes, diretora do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Lucas Mendes, subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Minas Gerais e Natália Araújo, secretária de Educação de Belo Horizonte.

Como funciona
Os estudantes participarão de três rodadas de testes, duas teóricas e uma prática. As tarefas da primeira rodada teórica correspondem, em termos de complexidade, ao programa de aulas especializadas. Na segunda etapa teórica, são oferecidas atividades de nível mais elevado que podem abranger diversas áreas da química, como a orgânica, a inorgânica, a física, a analítica ou as ciências da vida.
O terceiro ciclo de testes é prático, e os alunos utilizarão os laboratórios de ensino do Departamento de Química da UFMG. A rodada experimental da Olimpíada tem duração de cinco horas e exige que os participantes demonstrem habilidades para trabalhar em um laboratório, realizando análises de substâncias de acordo com as metodologias propostas.
Ao longo de toda a competição, os mentores dos participantes também se reúnem com professores, realizam mesas-redondas, seminários e masterclasses, o que fomenta iniciativas de cooperação entre as instituições participantes.
Os vencedores da Olimpíada Internacional de Mendeleev recebem medalhas de bronze, prata e ouro. Alguns países participantes também podem oferecer aos seus vencedores bolsas de estudos ou prêmios em dinheiro.