Após seis dias de provas teóricas e práticas, 260 estudantes de 40 países se despediram da 59ª edição da Olimpíada Internacional de Química Mendeleev (IMChO), uma das mais antigas competições de química do mundo. Sob a coordenação dos professores Artur Mota e Diego Gomes, os estudantes brasileiros Vinicius Queiroz Dias, Ian Barretos Tavares Matos de Vasconcelos, Paulo Vinicius Rodrigues de Azevedo, João Lucas Santos Vieira, Arthur Barroso Uchoa, Daniel Suda Hatushikano, Cristian Levi de Souza Silveira e Luiz Cláudio de Sá, conquistaram medalhas de bronze. 

As medalhas de ouro, entregues pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida, ficaram com representantes da Rússia – país que recebeu mais medalhas de ouro – China, Uzbequistão, Vietnã e Hungria.

Destaque chinês
Além das medalhas, a cerimônia de encerramento da Olimpíada, que ocorreu na manhã desta segunda-feira, 12, teve a premiação de melhor prova teórica e melhor prova prática, que ficaram com Yaoxi Zhao, da China, e Mengdigalli Kaldybay, do Cazaquistão, respectivamente.

O estudante chinês também conquistou o Prêmio Acadêmico Valery Lunin, instituído pela Fundação Melnichenko e atribuído ao destaque da competição. Yaoxi ganhou cerca de R$ 70 mil. “Foi uma experiência maravilhosa estar no Brasil, que é um país muito amigável e bonito. Fiz muitos amigos e aprendi bastante. Estou muito feliz com a oportunidade de participar da competição", disse. 

A IMChO foi criada na Faculdade de Química da Universidade Estatal de Moscou Lomonosov, com o intuito de incentivar o desenvolvimento de talentos científicos na área. O torneio recebeu esse nome em homenagem ao russo químico Dmitry Ivanovich Mendeleev, descobridor da lei periódica, com base na qual foi criada a Tabela Periódica dos Elementos Químicos. 

Neste ano, a Olimpíada Internacional de Química Mendeleev foi organizada pela UFMG, pela Faculdade de Química da Universidade Estadual de Moscou e pela Fundação Melnichenko. A edição do ano que vem ocorrerá na Rússia. 

A competição
Os estudantes participaram de três rodadas de testes, duas teóricas e uma prática. As tarefas da primeira rodada teórica corresponderam, em termos de complexidade, ao programa de aulas especializadas. Na segunda etapa teórica, foram oferecidas atividades de nível mais elevado que podem abranger diversas áreas da química, como a orgânica, a inorgânica, a física, a analítica ou as ciências da vida.

O terceiro ciclo de testes, prático, foi realizado nos laboratórios de ensino do Departamento de Química da UFMG. A rodada experimental da Olimpíada teve duração de cinco horas e exigiu que os participantes demonstrassem habilidades para trabalhar em um laboratório, realizando análises de substâncias de acordo com as metodologias propostas. 

Ao longo de toda a competição, os mentores dos participantes também se reuniram com professores, realizaram mesas-redondas, seminários e masterclasses, o que fomentou iniciativas de cooperação entre as instituições participantes.