Exposição dá visibilidade ao ‘dragficar’ como fenômeno cultural e transgressor na arte contemporânea
Transformar, potencializar, desfazer, coletivizar. O termo “dragficar” pode ser compreendido como ação e estado de transformação, um fenômeno cultural a ser pesquisado na produção artística contemporânea.
Essa é a premissa que rege a exposição coletiva A coisa drag, que reúne obras de 34 artistas emergentes e consolidados no circuito da arte brasileira. Com curadoria de Sandro Ka e assistência curatorial de Elis Rockenbach, a mostra apresenta obras relacionadas ao fenômeno drag e seus elementos de transgressão.
A abertura ocorrerá na sexta-feira, 4 de abril, às 19h, na Grande Galeria do Centro Cultural UFMG. A visitação permanece até 16 de maio, de terça a sexta, das 9h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h. A entrada é gratuita e tem classificação etária de 12 anos.
Pesquisa em arte
A mostra constitui-se em plataforma de visibilidade e circulação artística que visa ampliar a divulgação científica da pesquisa em arte. Trata-se do resultado de mapeamento realizado em 2024, como parte da pesquisa A dragficação como fenômeno cultural e problemática na produção artística contemporânea, desenvolvida na Escola de Belas Artes da UFMG.
O levantamento revela um recorte da produção de artistas atuantes em diversas partes do país. As obras foram elaboradas com base na mistura de elementos de diferentes contextos e significados, produtores de estranhamentos, contradições, rupturas de limites e modelos estabelecidos na sociedade e na arte. O intuito é promover uma reflexão crítica aos padrões, valores e às convenções sociais relacionadas ao corpo, gênero, território e à cultura.
Por "dragficação", mote curatorial da exposição, entende-se uma manifestação na arte contemporânea, que tem o fenômeno drag como zona de criação ou que resulta em produções associadas a esse universo estético.
Ao longo do período de exposição, serão realizadas atividades de ativação, como visitas mediadas e conversas com artistas.
