Saúde

Campus Pampulha terá vacinação contra febre amarela na próxima semana

Ministério da Saúde recomenda cobertura vacinal de 95%; em BH, esse índice alcança 91,8%

Deverão ser vacinadas contra a doença pessoas não imunizadas ou que não conseguem comprovar que já receberam a dose
Deverão ser vacinadas contra a doença pessoas não imunizadas ou que não conseguem comprovar que já receberam a dose Foto: Foca Lisboa | UFMG

A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA/BH), em parceria com a UFMG, vai promover, na próxima semana (de segunda a sexta, 24 a 28 de março), uma ação de intensificação vacinal contra a febre amarela no campus Pampulha. A medida é recomendada pelo Ministério da Saúde.

O público-alvo da ação são as pessoas que circulam regularmente no campus: estudantes, servidores docentes e técnico-administrativos e trabalhadores terceirizados – uma população estimada entre 40 mil e 50 mil pessoas. Após a verificação da carteira de vacinação, profissionais da Secretaria vão aplicar a vacina nas pessoas que nunca receberam o imunizante e naquelas que não conseguirem comprovar que receberam.

A vacinação ocorrerá das 9h às 16h. Na segunda, 24, e terça, 25, os imunizantes serão aplicados no Departamento de Saúde do Trabalhador (Dast), instalado na Unidade Administrativa 2. Na quarta, 26, e quinta-feira, 27, o posto de imunização estará montado na Escola de Veterinária (ao lado da portaria principal da Unidade). E na sexta, 28, no bloco C do CAD 2.

A Prefeitura de Belo Horizonte realiza, durante todo o ano, a vigilância epidemiológica e ambiental de casos da doença na capital. “A vacinação é a medida mais eficaz de proteção contra a febre amarela. Atuamos de forma pontual e preventiva. Os imunizantes são testados, seguros e eficazes”, afirma o diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da PBH, Paulo Roberto Lopes Corrêa.

Esquema vacinal, contraindicações e sintomas
O esquema vacinal contra a febre amarela é composto de uma aplicação aos nove meses de idade e outra aos quatro anos. Acima de quatro anos, o imunizante é administrado em dose única. Atualmente, o índice de vacinados em Belo Horizonte está em 91,8%, e a meta recomendada pelo Ministério da Saúde é 95%.

Há casos em que a vacinação é contraindicada, como para pessoas com doença febril aguda, pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina, eritromicina e canamicina), gestantes – cujo quadro deve ser avaliado pelo médico –, pessoas com imunodepressão grave por doença ou por uso de medicação e em tratamento e pacientes com câncer. O site da Fiocruz traz uma lista de casos contraindicados.

Além disso, pessoas com mais de 60 anos deverão apresentar uma autorização médica para a aplicação da dose.

A febre amarela é uma doença viral grave transmitida pela picada de mosquitos infectados, principalmente das espécies Aedes aegypti (em áreas urbanas) e Haemagogus (em áreas silvestres).

Os sintomas podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de três a seis dias após a infecção. Na fase inicial, a pessoa pode ter febre, dores de cabeça e nas costas e náuseas, por exemplo. Na fase mais grave, a febre pode subir muito, e podem ocorrer hemorragias, problemas no coração e insuficiência hepática e renal.

O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue que identificam a presença do vírus. Em caso de sintomas, a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima e informar o médico sobre qualquer viagem realizada para áreas rurais, silvestres ou de matas nos 15 dias anteriores. Em caso de infecção, como não há um medicamento contra a febre amarela, o tratamento é descansar, beber muitos líquidos e tomar remédios apenas para aliviar a febre e as dores, sempre com orientação médica.