HC e Santa Casa promovem congresso sobre esclerose múltipla e neuromielite óptica
Em sua terceira edição, o Congresso brasileiro de esclerose múltipla e neuromielite óptica é realizado em parceria entre o Centro de Investigação de Esclerose Múltipla (Ciem), do Hospital das Clínicas da UFMG, e a Santa Casa de Belo Horizonte. O evento reúne neurologistas, oftalmologistas, fonoaudiólogos e demais profissionais do setor para discutir a realidade no atendimento de seus pacientes. O congresso ocorrerá nos dias 25 e 26 de abril, a partir das 8h, no Hotel Mercure Lourdes.
Além dos profissionais da área médica, a atividade também é destinada a psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, residentes e acadêmicos de medicina. As inscrições podem ser feitas por meio do site do congresso, com ingressos a partir de R$ 250, ou presencialmente no local do evento (conforme a disponibilidade de vagas), a partir de R$ 300. Nesta edição, estudantes da Faculdade de Medicina da UFMG serão contemplados com participação gratuita, utilizando o cupom “ACADEMICOUFMG”.
Doenças desmielinizantes
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 40 mil pessoas convivem com a esclerose múltipla (EM) no país. Trata-se de uma doença neurológica crônica que atinge o cérebro e a medula espinhal e acomete principalmente mulheres jovens e brancas, com idade entre 18 e 30 anos. O tratamento inclui uso de medicamentos para reduzir a inflamação das fibras nervosas e a ocorrência de surtos.
A neuromielite óptica (NMO) é uma doença autoimune que ataca o sistema nervoso central, sobretudo os nervos ópticos e a medula espinhal. A doença, que afeta cerca de sete mil habitantes no país (dados de pesquisas da Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde), ocasiona perda de visão, fraqueza muscular, paralisia e incontinência urinária.
Com atividades em dois dias, o congresso terá conferências, discussão de casos e apresentação de trabalhos sobre Neurorradiologia das doenças desmielinizantes e Política de saúde em doenças desmielinizantes. O termo diz respeito a condições que danificam a camada protetora que reveste as fibras nervosas, a bainha de mielina, prejudicando a transmissão de sinais nervosos.
Queixas, percepções e expectativas expressas pelos pacientes serão convertidas em apresentações científicas por renomados especialistas de várias universidades brasileiras.
Novidades
Nas edições de 2023 e 2024, o congresso se destacou quanto à abordagem de questões relacionadas ao diagnóstico e terapêutica da EM e da NMO. Essas discussões se aproximam da realidade da prática profissional diária, por meio da experiência dos pacientes atendidos em ambulatórios e consultórios, que mostram o que há de mais atual no conhecimento dos vários aspectos clínicos e de tratamento destas doenças.
Marco Aurélio Lana Peixoto, neuro-oftalmologista do HC-UFMG e membro da comissão organizadora, destaca que o congresso já está consolidado no calendário científico nacional. “É uma clara expressão do compromisso do Ciem com o ensino através da participação de acadêmicos, médicos residentes e profissionais na discussão de casos reais de nossos pacientes”, afirma.
O especialista apontou algumas das novidades desta edição, e a principal delas é a incorporação do tema na área de educação médica, com a palestra Como estamos na formação moral do médico, ministrada pela professora Alamanda Kfoury Pereira, diretora da Faculdade de Medicina. “Outra inovação é a discussão de pesquisas em andamento no Ciem. Neste ano, vamos discutir os estudos de um estudo que estamos conduzindo sobre a espiritualidade nos pacientes com esclerose múltipla e neuromielite óptica”, completa Marco Aurélio Peixoto.
